Banda Machete Bomb no 512





O Espaço Cultural 512 recebe a banda Machete Bomb nessa quinta-feira, juntando arte, música, gastronomia e drinks ideais na rua João Alfredo, Cidade Baixa.

Criada há cerca de 6 anos, em Curitiba, a Machete Bomb tem como diferencial a presença do cavaco distorcido em um som pesado que mistura rock com rap, samba e outros estilos musicais. A banda se apresenta no dia 4 de abril (quinta-feira) no Espaço Cultural 512. 

Em entrevista para o blog do 512, Otávio Madureira “Madu”, criador da banda e responsável pelo som distorcido do cavaquinho, revela sua expectativa para o show e também sua admiração pelo Rio Grande do Sul e o público gaúcho.

Madu recorda que o cavaco distorcido surgiu antes mesmo da criação de Machete Bomb, uma ideia sua que ele queria muito colocar em prática ao vivo. Apesar da mistura musical que caracteriza o som da banda não ser exatamente nova (o próprio músico recorda que nos anos 90 isso já estava presente no som de bandas internacionais e nacionais), ele considera que ainda há um “choque” quando o público ouve pela primeira vez as músicas da Machete Bomb. "O choque é ver uma banda que parece ser de samba com peso no som. E, às vezes, num festival de rock acabamos sendo a banda mais pesada. Isso quebra preconceitos e acaba sendo inovador", avalia o músico.

Sobre o papel do artista na música, Madu defende a liberdade artística: tem quem queira alegrar ou apenas entreter e considera que nem todos os músicos precisam ter um teor político ou social em seu trabalho.

“Mas no nosso caso, a gente gostar de cutucar feridas, indagar, criticar, de certa forma de politizar as pessoas e criar reflexões”. Como exemplo desse tipo de abordagem, ele cita a música Temporada de Caça.

A respeito da experiência da banda nos palcos gaúchos, Madu recorda com carinho da participação no festival MorroStock, em Santa Maria, em dezembro de 2018.  “Foi muito importante para o crescimento de shows no Estado e o aumento do número de fãs gaúchos. Foi fantástico, com o público combinando com a banda e realmente atento às nossas músicas.” Ele cita, ainda, um show realizado na cidade de Esteio, que também teve uma boa receptividade do público.

E o público pode se preparar para o show no Espaço Cultural 512: “A gente está indo com ‘sangue nos olhos’ para mostrar o som de Curitiba para um público que gostamos muito. Esperamos ser aceitos num lugar onde a gente respeita muito o que é feito musicalmente. É muita adrenalina”, afirma, empolgado.

Madu destaca como outra conexão com o público gaúcho o fato de o vocalista Vitor Salmazo, ter se criado em Porto Alegre e possuir amigos na cidade. O time da Machete Bomb completa-se com Rodrigo Spinardi (percussão), Rodrigo Suspiro (baixo e Daniel Perim (bateria).